sábado, 31 de outubro de 2009

A POESIA - dueto de Mari e Miguel






















A POESIA

Qual Vida

Passa e espia

Acende

Em arruaça abana

Se farta...

E me abandona vazia

Noiva de mim!

Mari Mees Pretti

Miguel

ENIGMA



Nem mesmo a chuva sabe
O que imagina a flor
Imagens, mudas cenas
Vivem a eternidade
Qual sonho a céu aberto
De um canário que canta
Na janela a dizer
Que os versos são as folhas
Iguais são as distâncias
Desse prisma que olha
O azul do dia é estampa
Belo tesouro esconde
No sem querer que encerra
A natureza fácil
E o poeta é uma árvore
Floresta de palavras
Monstro leão alado
Borboleta felina
Vendo em olhos de esfinge

Miguel-

REFÉM DO ONTEM




Como se colhesse o tempo

O tanto que o entardecer

Colore as tonalidades

Onde são as horas tuas


A resposta que contemplo

Merecesse acontecer

No silêncio das verdades

Por que são as coisas puras


Floresceriam quimeras

Pano de fundo das horas

Em belas recordações


Cenário de como eras

No entoar das auroras

Segredo dos meus senões


Miguel-

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

FIBHAIKU















Pensa
Música
Enquanto
O invisível
Murmura a harmonia
Buscando acordes dissonantes


Miguel-

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MOVIMENTOS






















Consciente e espiritual
Energia carburante
Meta dos atos plenos
Longínquos
Pérola de ser achada
No instante mesmo secreto
Momento da intimidade
Que perdura pelo corpo
Em carícias que se contem
Nos beijos que se apressam
Humilde sofisticação
Por teus indícios

Miguel-

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Haikai

No lago ao acaso
Pelos galhos espalhados
Lua em pedaços

Miguel-

domingo, 25 de outubro de 2009

VISUAL

De uma jovem mais deusa à pele já se via
Em dourado perene o brilho dos pelinhos
A maravilha própria era o que me ardia
Elevando motivos mais para carinhos

Ecoo-me defronte à vista da virilha
Do púrpuro faminto em gotas que rebrilham
Minando da luzinha em tórrida portilha
Seus cristalinos ais parece que andarilham

De repente o veloz compasso quer e atiça
Salta em fartura, faz estado, e bem medido
Se oferece ao desejo, fome terminal

Dos espasmos um golpe é já por si justiça
Que de afeto oleoso berra tua libido
Onde me quero ver até subliminal

Miguel-

terça-feira, 20 de outubro de 2009

FESTA DE ANIVERSÁRIO DA MARI MEES
















Para enfeitar este salão
Doravante a hora de uma estrela
Esculpe-se e desfila
Como brilha o dia
Um pouco de arte
Que te oferto, MARI
Está no tempo que perdura
Nas coisas que não somem
Como a faísca
Retida nesta flor

Miguel-

domingo, 18 de outubro de 2009


A Favor

No mínimo
O desejo
Máximo

Miguel-
*






A carícia deflora
Favor gutural anseio
No tatear hemisférico
Mínimo circundante espaço
O afago da língua em cravos
Desejo entronizado em ais de canela
Máximo despudor, delicioso impera.

*

Miguel- & Karinna*

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


*____________istmo*.
(Karinna*) &
(-Miguel)

Um istmo une paragens
-Reminiscências
Olhares e palavras
-São espasmos
Esparrames incontidos...
-Precoces
Fissuras, escapes
-Ultrapassam
Uma fração de tempo, enquanto hesito...
-Sinto-me sombra
Densidade do sujeito oculto, verbo
-Sutil, sempre
O não abandono do objeto... direto?
-Passividade
As palavras sempre ficam ao meio
-Aceleradas
Umas escondem-se das outras
-Consolam-se
Levitando ante os olhares, na dualidade
-Sentidas ausentes
Na ânsia de serem lidas
-Somente
Ou postas de lado, esquecidas.
-Se regressam
Talham vestes transparentes
-Esforçam-se
Para preencherem distâncias
-Carrosséis apetecidos
Fugazes, próximas, aparentes.
-Senta-se em consolo
Talvez uma cisma
-Apresse
Um sobressalto
-À lembrança atrevesse
Glória, abundância, nobreza
-Fosse esquecimento a
Derrota, purificação, pobreza...
-Extrema-unção
Não sei... entre a palavra e o olhar
-Alastro-me, pois existo assim
Cabe o infinito, a força... a minha fraqueza.



Reminiscências
São espasmos
Precoces

Ultrapassa
Sinto-me sombra
Sutil, sempre
Passividade

Aceleradas
Consolam-se
Sentidas ausentes
Somente
Se regressam
Esforçam-se
Carrosséis apetecidos

Senta-se em consolo
Apresse
À lembrança atrevesse
Fosse esquecimento a
Extrema-unção
Alastro-me, pois existo assim

Miguel-



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ROMANTISMO - Marilândia e Miguel














Nudez de álamos e plátanos
Revigorados pela exuberância de hortênsias
Romantismo esplendoroso
Imaginário mágico
De entardecer carmim
E lábios

MARILÂNDIA E MIGUEL


"Uma coisa bela persuade por si mesma, sem necessidade de um orador."
Shakespeare, William

Poesia Laranja


Poesia Laranja


Que não se deve estancar
Tal ferida que impressiona
Quando o pensamento a encontra
Fluida, corrente imponderável- sangra dourada
A pavonear suas galas

Plantada na veia e tida
Lustrosa- sons de carisma
Como tensões que soluçam
Alargando veredas- incontidas
Por onde a inspiração quer

É desejo que se encontra
Perdido em transe despudorado
Entre a vibração dos versos
Tangendo vidas- desavergonhado
No alicerce do querer

Onde se mais enamoram
Entre fitas, prateados laços
Os costumes, emoções
Idiossincrasias siderais
E as caprichosas estrelas
Amanhecidas de nós, em leitos fatais

NA ORDEM DO DIA

Karinna* & Miguel

sábado, 10 de outubro de 2009

FIBHAIKU

Tendes
Vosso
Tesouro
A traíra
Palavra abstrata
Que fala verdade e mentira

Miguel-

sábado, 3 de outubro de 2009

HAIKAI

Complicada escada
N’água partida em pedaços
Cordame de velas

Miguel-

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

FIBHAIKU

À
Proa
Passavam
Mil distâncias
Deslizante estrada
Graça deixada no seu sulco

Miguel-

quinta-feira, 1 de outubro de 2009


És dança
Sobre a tez
Cílios calmos
Gota d’água
Na mesma densidade
Do delírio
Da fama do suor
Em matizes
Sobre a pele

Miguel-